As empresas de prestação de serviço estão cada vez mais investindo e inovando para diferenciar-se uma das outras. Afinal, prédios e equipamentos por muitas vezes podem ser similares ou apresentarem poucos diferenciais. Afinal, uma empresa de serviços depende, e muito, de pessoas.
As escolas são empresas de serviço, ou seja, dependem de pessoas para entregar o que vende aos seus clientes. Sendo assim a mudança ou a rotatividade de pessoas pode comprometer a qualidade do serviço prestado pela instituição.
É muito comum ver empresas de outros segmentos fazendo campanhas para captar talentos, no segmento educacional isso ainda não acontece, ou se acontece é um movimento muito fraco. Ainda falta às escolas assumirem que dependem das pessoas e buscarem os melhores e/ou fazer todo esforço para manter o que considera melhor. Fazendo uma analogia entre empresas que fabricam equipamentos, uma escola que possui ótimos profissionais, é o mesmo que uma indústria que possui as melhores máquinas.
Sendo as pessoas a chave do sucesso de uma escola, o primeiro ponto importante é ser interessante para os melhores profissionais, para isso a escola deve possuir um conjunto de atributos reconhecidos pelos profissionais da área educacional.
Levando em consideração que não é só pagar bem, a escola precisa profissionalizar-se para disponibilizar benefícios de forma sistemática, ações isoladas normalmente não apresentam resultados consistentes.
A remuneração por metas é uma boa prática para compor o sistema de atributos de uma escola. É uma maneira de motivar os funcionários e ao mesmo tempo entregar algo de valor em troca dos bons resultados. Embora a prática já esteja consagrada em outras áreas, as escolas ainda não incorporaram este tipo de prática.
Como disse anteriormente, a escola precisa sistematizar para isso nada melhor que a criação de um comitê onde os seus ativos (colaboradores, funcionários, empregados ou como queira chamar) tenham voz ativa nos encaminhamentos que a escola irá tomar no futuro. Isso é ser transparente e manter uma gestão participativa, também é uma prática estabelecida em outros segmentos, mas que nas escolas ainda deve ser superada.
Paralelamente a organização da “casa” ações de marketing devem ser realizadas, afinal, as contas continuam chegando e a pressão externa está cada vez maior. Um tipo de ação que precisa ser incorporado é a Promoção. Escolas precisam fazer promoção e não devem ter medo de comunicar isso aos seus clientes.
Agora temos duas palavras que as escolas precisam incorporar: promoção e cliente. Sim os estudantes, os responsáveis são clientes das escolas, assim como um banco ou uma padaria possui clientes, a escola precisa de clientes para manter-se, para crescer. A utilização desses termos é um marco, uma ruptura em ser escola e ser empresa. As escolas precisam ver-se como empresas. Parece óbvio, mas este é mais um ponto que precisa ser superado.
Não existe receita mágica ou fórmula secreta, o que se precisa é tirar a cabeça do buraco, olhar o que grandes empresas fazem e aprender com elas. A lição que fica é que se deve profissionalizar sem perder a essência de que é ser escola.
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